quarta-feira, 6 de abril de 2016

Bacterias do bem: como fazer iogurte em casa?

BACTÉRIAS “DO BEM”: FAZENDO IOGURTE


Quem disse que todas as bactérias nos fazem mal?

Os lactobacilos de iogurte, assim como os organismos de forma geral, se reproduzem em condições ambientais ótimas – como disponibilidade de alimentos e temperaturas ideais. 

Desta forma, podemos utilizar tal propriedade destes bacilos para fazer iogurte e trabalhar com os alunos os procariontes – demonstrando de forma deliciosa que nem toda bactéria é patogênica.

Materiais:

2L de leite
Fogão (ou fogareiro), para aquecimento do leite
1 pote de iogurte natural (ou lactobacilos vivos, encontrados em lojas de produtos naturais)
Recipientes para o iogurte – recomenda-se vasilhas de vidro que possam ser tapadas com pratos, para isolar a mistura do ambiente e para manter a temperatura por tempo maior.
Panos de mesmo número que tigelas e pratos.

Procedimentos:

Aquecer o leite até uma temperatura de aproximadamente 40° (temperatura em que não se tenha mais condições de colocar na panela de leite o dedo LIMPO e permanecer por mais de 3 segundos).

Após o aquecimento, colocar o leite em vasilhas apropriadas e, em cada uma delas, inserir o iogurte (ou lactobacilos). Tapá-las e enrolar sobre cada uma delas um pano e deixá-la em repouso até o outro dia. 

Porque o leite fervido, misturado ao iogurte, virou também iogurte?


As bactérias benéficas Streptococcus thermophilus Lactobacilos bulgaricussão as responsáveis por tal “transformação”, uma vez que se reproduziram em razão das ótimas condições de temperatura (+-40ºC) e disponibilidade de alimento. Estas se alimentaram da lactose presente no leite, eliminando ácido lático – responsável pela transformação propriamente dita e se reproduzindo assexuadamente.

Assim, o iogurte – ou a coalhada, dependendo do tipo de lactobacilo usado – possui as mesmas substâncias do leite, mas com uma proporção menor de lactose. Estes organismos, uma vez ingeridos, acidificam o intestino, impedindo a reprodução e superpopulação de bactérias nocivas e facilitam a absorção de nutrientes pelo órgão.

Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola


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