Caso suspeito de zika em Porto Alegre motiva aplicação de inseticida
Operação é realizada em parte do bairro Cristo Redentor.
Paciente com histórico de viagem a Recife vive na região
Parte do bairro Cristo Redentor, em Porto Alegre, recebe agentes da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde na tarde desta quarta-feira (10) para aplicação de inseticida após a notificação de uma suspeita de infecção por zika vírus em paciente que vive nessa região e tem histórico de viagem a Recife (PE).
A aplicação de inseticida ocorre no trecho da Rua Sapé, entre ruas Marcos Moreira e Cipó. O objetivo é diminuir a população de mosquitos adultos, reduzindo, por consequência, o risco de transmissão viral na região.
A Vigilância em Saúde recomenda que moradores da região façam vistoria criteriosa de criadouros do mosquito e eliminação dos mesmos, uso de repelente corporal e, no interior das residências, repelentes elétricos, de uso em tomadas. Uso de telas mosquiteiras também é indicado.
Diante de sintomas compatíveis com dengue, zika ou chikungunya, deve ser procurado atendimento médico.
RS registra primeiro caso importado de zika em 2016
No último dia 5 de fevereiro, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou o primeiro caso se zika vírus no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher de 30 anos, moradora do bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, que contraiu a doença fora do estado.
A mulher não é gestante e contraiu o vírus depois de passar as festas de fim de ano no Mato Grosso. Ela sentiu os sintomas da doença no dia 4 de janeiro, mas a confirmação saiu na noite de quinta (4).
Segundo o secretário estadual de Saúde João Gabbardo dos Reis, 40 casos de zika vírus eram investigados no estado até a primeira semana de fevereiro, 11 deles em Porto Alegre. No entanto, como os exames que detectam a doença são feitos fora do estado, o resultado demora de 15 a 20 dias para sair.
Zika e microcefalia
Atualmente o Brasil enfrenta um surto de recém-nascidos com microcefalia, uma doença que não tem cura e causa uma má formação no cérebro, fazendo com que os bebês nasçam com a cabeça menor que o normal. As consequências são graves e permanentes para o desenvolvimento do individuo.
Não existe vacina para o zika vírus. O ideal é prevenir a proliferação do mosquito transmissor. O Aedes aegypti leva sete dias do ovo até o mosquito adulto. A água é o ambiente perfeito para a proliferação dos ovos. As fêmeas infectadas podem transmitir o vírus para cerca de 20% dos ovos. Por isso, para acabar com o mosquito é necessário atacar os criadouros.
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